Municípios da Costa Verde discutem turismo náutico
Na última quinta-feira, dia 11, representantes das secretarias de Turismo de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty, se reuniram na sede do Sebrae, no Centro do Rio de Janeiro, com o deputado federal Fernando Jordão e a coordenadora de Projetos de Turismo do Sebrae, Vanessa Cohen, com um objetivo: encontrar soluções e discutir iniciativas para o desenvolvimento do turismo náutico da região da Costa Verde. O Sebrae realizou recentemente um mapeamento do segmento, e os resultados mostram que a região, que é banhada por um mar de oportunidades, não tira proveito dessa riqueza como deveria. Um dos temas do encontro foi sobre a informalidade no turismo náutico na região. Uma das soluções encontradas foi o ordenamento do setor, simultaneamente à qualificação do segmento. O secretário de Turismo de Mangaratiba, Vitor Tenório Santos, o Vitinho, disse que uma alternativa para ilegalidade e a capacitação, seriam reuniões com os maiores interessados, para conscientização e esclarecimentos. “Já estamos realizando reuniões com integrantes de associações de barqueiros do município, onde nos colocamos à disposição para buscar uma organização para o setor, oferecendo opções de cursos de capacitação profissional”, disse Vitinho, que completa: “Queremos também implementar um selo de qualidade nas embarcações para o profissional que trabalha durante o ano todo e trata bem o turista. Com esse projeto, evitamos que ‘barqueiros forasteiros’ apareçam apenas na alta temporada”, afirma. Vitinho lembrou também o turismo de pesca, atividade forte na região em virtude da fartura de pescado na baía. “Precisamos de ações que façam o turismo náutico deslanchar. Com os municípios unidos e com a força dos aliados que querem o desenvolvimento da região, acredito que essa atividade, que tem um potencial econômico gigantesco, será tratada como merece”, conclui. Na pesquisa realizada pelo Sebrae, foi traçado o perfil do potencial do turismo náutico em Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba e a conclusão é de que ele poderia alavancar a economia dessas cidades em volume de negócios, geração de empregos e renda. A coordenadora do Sebrae-RJ, Vanessa Cohen, explica que a expansão desse segmento turístico vem sendo represada pela falta de infraestrutura à disposição desse tipo de turista, que gasta, em média, cinco vezes mais que o visitante padrão, e pela forma amadora e desorganizada de funcionamento das embarcações que oferecem os passeios. “A maioria dos donos das embarcações entrevistados pelos pesquisadores trabalha na informalidade. Muitos são pescadores que, com a escassez da pesca, migraram para a atividade turística. Porém, para oferecer os passeios turísticos, eles precisam estar cadastrados no Ministério do Turismo, o que não acontece”, disse Vanessa. __________________________________ Terça-feira, 16 de agosto de 2011.
https://www.mangaratiba.rj.gov.br/noticia.php?id=1286