Sebrae mapeia cadeia produtiva do turismo náutico RJ/Costa Verde
Estudo pioneiro analisa atividades realizadas pelas marinas e pequenos barcos na Costa Verde, no litoral sul do Rio de Janeiro, região líder do segmento no país
São Paulo - Quem visita a Costa Verde, no litoral sul do Rio de Janeiro, e utiliza os serviços do turismo náutico tem um perfil diferenciado, capaz de revelar a importância do segmento para impulsionar a economia da região. É o que apontam dados preliminares do Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo Náutico na Costa Verde (RJ), que será lançado na íntegra em outubro, durante a Abav 2011 – 39ª Feira das Américas e Congresso Brasileiro de Agências de Viagens, no Rio de Janeiro.
O estudo pioneiro, com enfoque em marinas e pequenas embarcações, foi realizado pelo Sebrae no Rio de Janeiro em parceria com a Capitania dos Portos do estado, as secretarias de turismo dos municípios da Costa Verde, a Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro e a Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Turisrio).
“Em sua maioria, os turistas náuticos são profissionais liberais ou empresários, entre 40 e 50 anos, com alto poder aquisitivo, que gastam, em média, até cinco vezes mais que um turista convencional”, explicou a coordenadora de Projetos de Turismo do , Vanessa Cohen, durante.a mesa de debates Inovações no Turismo Náutico, no 6º Salão de Turismo, em São Paulo, na noite de quarta-feira (13). O evento acontece até o próximo domingo (17), no Anhembi.
Além de contar com público que não economiza com gastos em lazer, o turismo náutico na Costa Verde tem grande potencialidade, ainda reprimida por falta de estrutura, qualificação e formalização. Muitos dos pequenos barcos que realizam passeios pelas ilhas da Costa Verde eram utilizados para pesca. Além disso, o levantamento identificou que há saturação desnecessária em alguns trechos. Dentre as 20 possíveis rotas marítimas mapeadas, apenas duas são muito visitadas. O estudo será entregue às secretarias de turismo e aos empresários do setor. Servirá para orientá-los sobre a importância da profissionalização e formalização no desenvolvimento de estratégias para aumentar o fluxo turístico, com qualidade de serviços e criação de rotas diferenciadas.
Fórum náutico
“Essa estruturação é importante para o desenvolvimento dos negócios náuticos. Em todas as etapas do mapeamento foi identificado entrelaçamento das atividades de turismo com as da indústria. Se não houver planejamento e infraestrutura, esse segmento não se amplia”, avalia Vanessa. “A presença dos micros e pequenos empreendedores é preponderante neste ramo. Na hora em que se coloca um barco na água, eles são responsáveis por quase a totalidade dos serviços prestados aos usuários”, acrescenta o presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval e Offshore, Luís Henrique Ferreira.
Para melhorar esse diálogo entre os prestadores de serviços de turismo e a indústria náutica, foi criado o Fórum Náutico Fluminense. Estabelecido dentro da Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro com apoio do Sebrae, o grupo busca aperfeiçoar as atividades do segmento no estado, líder nacional nesse tipo de negócio.
“A proposta de trabalhar o encadeamento produtivo integrando a indústria e o turismo náutico proporciona análise mais completa sobre como é possível gerar oportunidades. Até agora, os estudos eram isolados. Na indústria, sabe-se que a construção de um barco emprega até sete pessoas, mas não a totalidade de postos de trabalho gerados quando a embarcação está pronta e em uso”, analisou a mediadora do debate e responsável pelos Projetos de Turismo do , Valéria Barros.
Serviço
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
6º Salão de Turismo - Roteiros do Brasil
Até domingo (17), no Pavilhão de Exposições do Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1209, Santana, São Paulo)