Comunicado Oficial sobre o Surto de Hepatite em Mangaratiba

O governo da cidade de Mangaratiba realizou na manhã desta quarta-feira, dia 9 de maio, reunião com técnicos da Cedae e do Governo do Estado para identificar o motivo do aumento do índice de Hepatite A nos últimos dias. A doença é transmitida através de água contaminada com o vírus e coliformes fecais. Estiveram na reunião o prefeito Evandro Capixaba, o secretário de Saúde de Mangaratiba, Sergio Rabinovic, Almir Moura Silva, gerente da regional oeste da Cedae, Almir Santos, supervisor regional de águas do Governo do Estado, entre outros.

O prefeito decidiu declarar Estado de Emergência no Primeiro Distrito - Praia do Saco, El Ranchito, Nova Mangaratiba, Acampamento, Rua da Palha, Bairro Moraes, Parque Bela Vista, Morro Santo Antônio, Ibicuí e no Centro. A medida se deve ao surto epidêmico de Hepatite A que aflige a cidade nos últimos dias e que pode ter sido ocasionado pela contaminação da água fornecida pela Cedae e proveniente de fontes naturais.

Um engenheiro sanitário da Cedae e cinco técnicos de laboratório irão nas residências fazer a coleta e análise da água dos pontos apontados pela prefeitura. O índice de cloro e presença de coliformes fecais serão verificados, com resultados apresentados imediatamente.

Desde a última segunda-feira, 7 de maio, técnicos da vigilância ambiental e sanitária da secretária municipal de Saúde realizam coleta de água nas fontes naturais do município e também no sistema de captação e distribuição da água fornecida pela Cedae à cidade de Mangaratiba. Além disso, a Fiocruz está desde a terça-feira, 8 de maio, no município fazendo os testes rápidos na população para detectar o vírus da Hepatite A nas pessoas que estão com suspeita da doença. Quem estiver em contato direto com as pessoas infectadas devem se encaminhar ao Hospital Municipal Victor de Souza Breves, para fazer o teste rápido de hepatite.

O secretário municipal de Saúde, Sérgio Rabinovici alerta a população que a doença é transmitida pela da água, por meio de ingestão oral e contágio por coliformes fecais. Ela também pode ser transmitida por alguns alimentos, como frutos do mar. A prefeitura vai disponibilizar inicialmente 15 mil litros de água mineral para os moradores infectados, com novas remessas de acordo com a necessidade. O município também está tentando, junto ao Governo do Estado e ao ministério de Saúde, dez mil doses da vacina contra Hepatite A. Segundo informações do secretário municipal de Saúde, Sérgio Rabinovici, a subsecretária estadual de Saúde, Helen Miamoto, avaliou que não está indicada a vacinação em massa contra hepatite A diante do surto em função do tempo de imunização - já que leva um mês para se imunizar após a aplicação da vacina.

A prefeitura vai fornecer hipoclorito de sódio para as escolas e para toda a população fazerem aplicação na água e desta forma matar os germes que por ventura a contaminem. A higiene é fundamental. A doença é de transmissão oral e fecal e o vírus é veiculado pelas águas. É fundamental evitar os alimentos crus neste momento, ferver a água e usar duas gotas de cloro ou água sanitária para cada litro de água potável. Lavar bem as mãos também ajuda a evitar a transmissão da doença.